Homenagem a Marco Antônio

Átila, Heitor, Celso, Hérbet, Marco Antonio, Timóteo - 1º formação do grupo Agemaduomi
Esses dias nosso amigo e músico Marco Antônio, nos deu um susto tremendo, acometido por um infarto, mas felizmente, já está bem e se recuperando em casa. É um dos músicos mais queridos que eu conheço na vida! Heitor, um dos antigos integrantes do Grupo de Choro Agemadumi, amigo e parceiro, faz aqui uma homenagem emocionante pra ele, ao qual eu publico aqui na íntegra (Galvão)
Nesse momento delicado... depois de alguma reflexão,
resolvi resenhar essas palavras como
forma de gratidão!
Gratidão essa que lhe deve não somente minha pessoa,
mas toda uma região.
Estou falando de um sujeito, mais que de um amigo...
um irmão!
Embora o dito cujo seja digno de homenagem em
poesia, devido à inerente falta de talento desse cronista vai tomar a forma de
prosa e contar essa crônica de vida.
Somos parceiros desde muito novos, eu já encantado
com a música e apreciador dos chorões “Velhos Camaradas” capitaneados pelo
querido Tito (in memorian). Lembro-me
bem que; como todo adolescente da época eu era apreciador do rock` n roll, mas
que fiquei encantado com a maestria daqueles colegas tocando música brasileira
com cavaco, flauta, violão de sete e percussão.
Era final da década de setenta eu e Elton na oitava
série, Marco e Herbert no primeiro do ensino médio. Tínhamos bons momentos nos
intervalos, quando nos reuníamos para contar piadas e comentar sobre a vida
escolar e logicamente sobre a variedade do inalcançável mundo feminino...!
Quando entramos no nível médio acabamos trilhando
rumos diferentes, pois todos os colegas optaram as turmas voltadas para as
ciências exatas e eu fiquei nas áreas biológicas, mas continuamos nos vendo,
principalmente nos festivais de música, nos quais os colegas já apresentavam
performance profissional (lembro-me particularmente de um no qual os “Velhos
Camaradas” fizeram o show do festival) ao contrário do que acontecia comigo,
que tremia muito e me borrava todo quando ia ao palco... rs! Lembro-me também
quando encontrei os amigos em uma aula de violão que fui fazer no saudoso “prof.
Silvio”, grande conhecedor e propagador das tradições do violão brasileiro.
Pois bem, qual não foi minha alegria quando nos
encontramos já na faculdade no mesmo curso e embora geralmente não fossemos do
mesmo grupo de estudo nos encontrávamos invariavelmente nas turmas, nos
corredores, nas viagens de congresso e no encantador coral da UFMS, com o qual tivemos
algumas passagens memoráveis. E principalmente naquilo que o Marco adorava
denominar “Moagem”, rodas de canto e música nas quais nosso querido amigo já se
destacava pela habilidade em executar dois instrumentos(violão e cavaco) e no grande
conhecimento do repertório Brasileiro, inclusive antigo. Lembro-me bem da
semana do curso de neuroanatomia veterinária; ministrado pelo prof. Fábio da
UFMG, foi uma semana de “moagem” para a turma inteira, chefiada pelo nosso
amigo. Por essa época Marco já demonstrava sua personalidade forte, correta e
firme e se virava dando aulas de música, monitorias entre outras coisas. Vivia
correndo em sua 125, sendo que um dia acabou sofrendo um acidente sem grandes
conseqüências graças ao bom Deus.
Por essa época além do coral universitário, Marco
Antônio se alia ao nosso grande amigo Átila com o qual executa um trabalho de
altíssimo nível musical voltado para a MPB e com participação de alguns ícones
da música Campograndense (maestro Assis, Positivo, Timóteo...), formação da
qual me orgulho de ter participado em alguns momentos.
Seguindo com a vida; nosso querido personagem
encontra sua maravilhosa parceira de vida com a qual constitui com certeza sua
maior riqueza, suas duas lindas filhas! Após a formatura Marco se dedica com
intensidade a andrologia e com sua capacidade, dedicação e afinco torna-se o
maior andrologista veterinário do país, opinião compartilhada por muitos
colegas.
Paralelamente a carreira profissional presta um dos
maiores serviços culturais ao nosso estado fundando o regional de choro
“Agemaduomi”; trabalho já bem documentado e do qual tenho o maior orgulho de
ter participado. Com sua personalidade forte e curiosa cursa pilotagem
impecavelmente tornando-se também profissional das alturas, fato que não
amainou sua indefectível mania de corredor automobilístico e alça um merecido
reconhecimento através da eleição para presidência no sindicato dos médicos
veterinários no MS. Chega então o momento da pós graduação à qual resolveu
fazer na USP, melhor instituição da América latina.
Porém, além de prestar essa homenagem a esse grande
irmão quero testemunhar aqui a sua grande influencia sobre minha própria
pessoa, que não pode deixar de ser citada.
Com sua personalidade e seu bom humor, esse amigo
sempre foi uma grande influencia positiva em minha vida e me auxiliou em todos
os momentos, por iniciativa própria, mesmo que eu nunca tenha pedido nada, vai
aqui meu humilde reconhecimento.
É por essa grandiosidade e altivez por esse grande
coração aberto a todos e por esse arcabouço de atitude positiva em relação a
sua própria vida e a dos que o cercam que quero homenagear essa alma divina.
Meu caro irmão Marco Antônio,
Um grande abraço e conte comigo!
Heitor
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